Além de ser responsável pelo aumento da exploração do trabalho dos cortadores de cana, o etanol também tem sido alvo de críticas no exterior porque a sua expansão a nível global colabora para a alta no preço dos alimentos e do desmatamento do Brasil.
De acordo com um estudo intitulado “Alimentando a exclusão? O 'boom' dos biocombustíveis e o acesso dos pobres à terra”, realizado pela FAO (agência da ONU para agricultura e alimentos) e pelo Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a expansão dos agrocombustíveis agrava a crise alimentar global e representa uma grave ameaça a milhões de lavradores, que podem ser expulsos de suas terras com a demanda por cultivos intensivos para fins energéticos.
Segundo o relatório, divulgado na véspera do início da cúpula da ONU sobre alimentos, "grupos sociais específicos, como pastores, cultivadores nômades e mulheres, estão especialmente suscetíveis a sofrer a exclusão da terra provocada pelo crescente valor das terras, enquanto as pessoas que já são sem-terra devem ver as barreiras para o acesso crescerem ainda mais".
O documento recomenda a adoção de novos padrões para garantir o direito à terra para pessoas pobres, incluindo esquemas de certificação de agrocombustíveis que garantam que eles sejam produzidos sem danos ao meio ambiente ou abusos aos direitos da população local. Fonte: Brasil de Fato
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